Cai o abate de bovinos e aves e cresce o de suínos
Levantamento do quarto trimestre do ano passado, feito pelo IBGE, reflete modulação da produção de frangos no Rio Grande do Sul
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A Estatística de Produção Pecuária do Brasil, divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, indica que no quarto trimestre de 2021 houve queda nos abates de bovinos e aves e aumento nos abates de suínos. Nos últimos três meses do ano passado foram abatidos 6,77 milhões de cabeças de bovinos, 8,2% a menos que o total do mesmo período em 2020. Nas aves, o decréscimo foi de 1,2%, e o número fechou em 1,54 bilhão de cabeças. Já nos suínos houve crescimento de 5,8%, para 13,29 milhões de cabeças. O levantamento aponta que, em relação ao terceiro trimestre, aimentaram os abates de frangos (0,3%) e caíram os de bovinos (2,5%) e suínos (3,2%).
Também houve queda no índice de aquisição de leite cru pelos estabelecimentos brasileiros que atuam sob inspeção sanitária municipal, estadual ou federal, de 5,7% (para 6,42 bilhções de litros) no quarto trimestre, em relação ao mesmo período de 2020.
O presidente da Associação dos Criadores de Suínos no Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, diz que os números do IBGE refletem a realidade dos abates também no Estado. Segundo ele, o Rio Grande do Sul tem abatido anualmente cerca de 10,4 milhões de suínos, com variações de acordo com a demanda da indústria, mas com fluxo dentro da normalidade. “O que ocorreu entre o terceiro e o quarto trimestres pode ter sido algum tipo de antecipação nas escalas industriais”, comenta. Folador ressalta que o problema do momento para o suinocultor é preço, que despenca e não acompanha os custos.
José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), atribui a queda nos abates de frangos ao aumento de custos, principalmente do milho, que fez com que tanto produtores como indústrias adotassem a modulação na produção.
