Capacidade de armazenagem brasileira cresce 1,8%

Capacidade de armazenagem brasileira cresce 1,8%

Espaço disponível para grãos no Rio Grande do Sul perde apenas para Mato Grosso, aponta IBGE

Correio do Povo

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O Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) revelou que a capacidade útil disponível para armazenamento no Brasil cresceu 1,8%. O incremento, que compara os estoques do segundo semestre de 2022 com o primeiro, foi evidenciado pela Pesquisa de Estoques, divulgada ontem, juntamente com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de maio.

Conforme o instituto, o Brasil encerrou o ano passado com capacidade para armazenar 192 milhões de toneladas de milho, soja, trigo, arroz e café - os cinco principais produtos existentes nas unidades armazenadoras analisadas. Os estoques de milho lideram no volume de grãos, respondendo por 18,1 milhões de toneladas em 31 de dezembro de 2022. O cereal é seguido pela soja, com 8,1 milhões de toneladas, pelo trigo (7,4 milhões de toneladas), pelo arroz (2,2 milhões de toneladas) e pelo café (0,9 milhão de toneladas). 
A pesquisa também confirma o Mato Grosso com a maior capacidade de armazenagem do país, com 47,5 milhões de toneladas. O estado está à frente do Rio Grande do Sul, com espaço para 35,2 milhões de toneladas, e do Paraná, com armazéns para 33,2 milhões de t. 

Já o levantamento de safra (LSPA), assim como o da Conab, aponta para elevação na produção brasileira no ciclo 2022/2023. A previsão é que a safra atinja 305,4 milhões de toneladas de grãos em 2023, volume 16,1% maior que o de 2022 e 1,1% superior ao previsto no estudo anterior, em abril. “Na safra 2023, somente o RS teve problemas climáticos. Todas as demais unidades da federação tiveram clima favorável, o que explica o recorde de produção”, justifica o gerente do LSPA, Carlos Barradas. 

Conforme o IBGE, a colheita de soja deve somar 148,2 milhões de toneladas, com alta de 24% em relação ao produzido em 2022. Para a produção de milho, a estimativa é de 122,8 milhões de toneladas (+11,5%) e para a de trigo, 10,6 milhões de toneladas (+5,5%). Já para a colheita de arroz a previsão é de queda (-5,6%), com saldo de 10,1 milhões de toneladas.


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