Cargas vivas estão há 50 horas sem alimentação, diz associação

Cargas vivas estão há 50 horas sem alimentação, diz associação

ABPA afirma que vários caminhões de ração estão parados

Agência Brasil

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou nesta quinta que os caminhoneiros, que estão há quatro dias parados por rodovias de mais de 20 estados do país, estão descumprindo a promessa de liberar a circulação de veículos que transportam carga viva. Em nota, a entidade diz que começou a receber relatos de que cargas vivas estavam sem alimentação há mais de 50 horas. A ABPA também afirma que vários caminhões de ração estão parados, sendo que a situação nas granjas produtoras é "gravíssima", com falta de insumos e risco iminente de fome para os animais.

"A cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do país iniciou esta quinta-feira com 120 plantas frigoríficas paradas - produtoras de carne de frango, perus, suínos e outros. Mais de 175 mil trabalhadores estão com atividades suspensas em todo o país", informa a nota da entidade.

A ABPA ressalta que os danos ao sistema produtivo são graves e demandarão semanas até que se restabeleça o ritmo normal em algumas unidades produtoras. "A ABPA, portanto, apela ao movimento dos caminhoneiros pelo cumprimento da promessa com a liberação do transporte de animais e rações em todos os bloqueios, além da retirada mínima de produtos nas fábricas para a retomada da produção. Os protestos são justos, mas é preciso bom senso e evitar a perpetuação desta situação aos animais", informa a entidade.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, os caminhoneiros não estão proibindo a passagem de veículos que transportam itens essenciais como remédios nem cargas vivas, produtos perecíveis ou oxigênio para hospital. Ônibus com passageiros e ambulâncias também estão podendo passar pelos bloqueios.

Correio do Povo
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