Cebola gaúcha busca certificação de origem

Cebola gaúcha busca certificação de origem

Rio Grande do Sul coleta dados para provar que Estado foi pioneiro no plantio do bulbo, trazido para o Litoral pelos imigrantes açorianos

Correio do Povo

Na safra de 2022, os produtores estimam colher 121 mil toneladas de cebolas no Estado

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A cebola produzida no Rio Grande do Sul é candidata à certificação de origem, já obtida por outros produtos gaúchos, como vinho, o chocolate artesanal e o doce de Pelotas. Os passos para a conquista foram destaque da reunião virtual da Câmara Setorial da Cebola da Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (SEAPDR), realizada nesta semana. O coordenador técnico da Câmara, Antônio Carlos da Silva Costa, garante que a cebola gaúcha foi a primeira a ser plantada no Brasil, trazida para o Estado pelos açorianos e tradicionalmente cultivada na região litorânea. “Vai ser um trabalho longo, que não se resolve na hora, porque é necessário muita pesquisa, coleta de dados e depoimentos, até que se chegue nesta conquista”, afirma.

Os requisitos para a indicação geográfica, apresentados à cadeia pela pesquisadora do Ministério da Agricultura Edna Ferronato,  incluem dados nome geográfico de país, cidade, região ou localidade que tenha se tornado conhecido como centro de produção, extração ou fabricação de determinado produto. 

No Rio Grande do Sul,  a colheita da cebola se inicia em novembro. Entre abril e junho ocorre a semeadura e até setembro o transplante de mudas. A estimativa para a safra 2022 é de uma área plantada de 4, 5 hectares, com uma produção estimada de 121,8 mil toneladas. Cerca de 4 mil produtores dedicam-se ao plantio do bulbo, mais de 1 mil concentrados na região de São José do Norte.

Os custos de produção da safra em semeadura devem ficar entre R$ 0,80 e R$ 1,20 por quilo, com produtividade estimada entre 20 e 30 toneladas por hectare. O custo total por hectare deve ficar por volta dos R$ 28 mil, cerca de R$ 9 mil a mais que no plantio passado, em razão do aumento de insumos, conforme levantamento do escritório da Emater/RS-Ascar em Tavares.


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