Chuva causa danos a lavouras de arroz

Chuva causa danos a lavouras de arroz

Na regional de Porto da Emater/RS-Ascar, Camaquã, Arambaré, Barra do Ribeiro, Cristal e Tapes foram os municípios mais afetados

Patrícia Feiten

Nas ilhas de Porto Alegre, as águas do rio Jacuí e do Guaíba também subiram, trazendo dificuldades aos pescadores.

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As chuvas prolongadas desta semana acarretaram prejuízos à produção agrícola na área de abrangência da Regional Porto Alegre da Emater/RS-Ascar, que reúne 72 municípios, da Região Metropolitana até litoral gaúcho. Segundo o gerente técnico Elias Davi Kuck, que ao longo desta quinta-feira (14) manteve contato com os escritórios municipais da empresa de assistência técnica para um levantamento das perdas, até a tarde de ontem as cidades mais afetadas eram Camaquã, Arambaré, Barra do Ribeiro, Cristal e Tapes.

Nesses municípios, as enxurradas causaram lixiviação em lavouras de arroz. “A gente teve alguns prejuízos em virtude do alagamento excessivo dessas áreas, algumas já estavam semeadas. Aí, temos perda de adubo, de sementes”, relatou Kuck.

Ocorrido na segunda-feira, o rompimento de um açude às margens da BR 116, em Camaquã, deixou os produtores rurais atentos, segundo Kuck. O incidente inundou as pistas do km 383 da rodovia, e veículos chegaram a ser arrastados pela correnteza. Nos últimos dias, porém, o impacto maior da chuva se restringiu a alguns talhões situados perto de corpos hídricos, como a Lagoa dos Patos. Nos municípios margeados pela lagoa, como Barra do Ribeiro, Eldorado do Sul e Tapes, a elevação do nível da água resultou em alagamentos em áreas de comunidades indígenas e trouxe transtornos a famílias ribeirinhas. Nas ilhas de Porto Alegre, as águas do rio Jacuí e do Guaíba também subiram, trazendo dificuldades aos pescadores.

Apesar do grande volume de precipitação até a madrugada desta quinta-feira (14), não foram registrados ventos fortes e a ocorrência de granizo foi pontual em algumas áreas, informou o gerente técnico da Emater. “No Litoral, naquela região que foi muito afetada pelo ciclone (de junho), não tivemos danos. Há algum dano nas hortas, na produção de folhosas, mas não fora do esperado para qualquer chuva”, observou.


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