Classificação do tabaco passará a ser feita na propriedade rural

Classificação do tabaco passará a ser feita na propriedade rural

Nova regra consta de Projeto de Lei do deputado Zé Nunes aprovado na Assembleia Legislativa nesta terça-feira

Correio do Povo

Até agora, a classificação das folhas de fumo era feita em dependência das indústrias

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O plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL/RS) aprovou, ontem, o Projeto de Lei 204/2015, de autoria do deputado Zé Nunes, do PT. A matéria prevê a transferência do local de classificação do tabaco, realizada atualmente nas indústrias, para a propriedade rural. O texto foi aprovado com placar final de 46 votos a 1.

Conforme o relator da proposição na Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da AL/RS, o deputado Elton Weber, do PSB, as mudanças devem garantir “uma relação mais justa para o fumicultor, dando maior segurança, respeito, proteção e amparo a quem produz”. Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Fumicultores da Assembleia Legislativa, Weber reforça também que a modificação dará mais transparência ao ato de compra e venda do tabaco, além de eliminar custos adicionais para o fumicultor quando não há acordo na determinação do preço. 

No Rio Grande do Sul a produção de tabaco é realizada por aproximadamente 71 mil famílias que têm nesta produção a sua principal fonte de renda, produzindo mais de 283 mil toneladas de tabaco, segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) referentes a safra 2020/2021.

A Afubra projeta uma colheita de 604,7 mil toneladas nos três estados da Região Sul até fevereiro, mais 7,95% sobre a temporada 2021/2022. Desse total, 18,1% já estão nas estufas que fazem a secagem (cura) das folhas de fumo antes da venda às indústrias beneficiadoras. 


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