Colheita de azeitonas será antecipada no Rio Grande do Sul

Colheita de azeitonas será antecipada no Rio Grande do Sul

Principal motivo é o calor fora de época que ocorreu no inverno, que estimulou a floração, e o calor previsto para este verão, que acelerará a maturação da fruta

Carolina Pastl*

Desencontro de florações contribuiu para a redução de produtividade nos olivais gaúchos

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A colheita de oliveiras no Rio Grande do Sul, que tem seu auge entre março e abril, deve ser antecipada na safra 2020/2021. Isso porque os pomares, todos em fase de frutificação, estão com a maturação adiantada. Variedades mais precoces, como Manzanilla e Arbequina, devem ser colhidas já em meados de janeiro. “O calor fora de época que aconteceu no inverno deste ano estimulou a antecipação da floração, que deveria ocorrer entre setembro e outubro e acabou sendo entre agosto e setembro. E o calor previsto para o verão deve atuar no mesmo sentido em relação à maturação”, explica Fabrício Carlotto, diretor técnico do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva).

A safra foi influenciada por um desencontro de polinização nas duas principais cultivares, segundo o vice-presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes. Mesmo assim, a expectativa é superar a produção de 2020, que totalizou 450 toneladas e 48 mil litros de azeite de oliva. No entanto, a safra será menor que a de 2019, que teve volume recorde de 1,5 mil toneladas e rendeu 230 mil litros de azeite.

O Rio Grande do Sul tem cerca de seis mil hectares plantados, 35 rótulos e representa 70% da produção nacional.

*Sob supervisão de Danto Júnior


Correio do Povo
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