Colheita do arroz chega a 43% e mostra alta produtividade

Colheita do arroz chega a 43% e mostra alta produtividade

Irga prevê que a safra de arroz 2020/2021 chegue ao final com um volume próximo ao do ciclo 2019/2020

Carolina Pastl*

Na foto, o diretor comercial do Irga, João Batista Camargo Gomes; o diretor administrativo, Eduardo Milani, o presidente, Ivan Bonetti, e o diretor técnico, Ricardo Kroeff

publicidade

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) prevê que a safra de arroz 2020/2021 chegue ao final com um volume próximo ao do ciclo 2019/2020. A projeção foi feita nesta quinta-feira, durante apresentação do resultado parcial da colheita, que está em andamento, pela diretoria da autarquia. Enquanto a área plantada aumentou 1,3% em comparação com a safra passada, totalizando 945 mil hectares, a produção deve diminuir 3,7%, para 7,56 milhões de toneladas. Neste momento, os dados ainda não são definitivos. “É cedo para cravar um número. Podemos chegar até 8 milhões de toneladas. Tudo dependerá das condições climáticas daqui para frente”, analisa o diretor técnico do Irga, Ricardo Kroeff.

No momento, 43% da área das lavouras de arroz foi colhida. O rendimento médio por hectares está em 8.904 quilos, mas a tendência é que a média final seja menor porque ainda há muitas lavouras que não obtiveram esta produtividade a serem computadas. Na safra passada, a média ficou em 8.402 quilos por hectare.
Para Kroeff, o bom cenário se deve ao clima favorável, aliado às técnicas de manejo difundidas pelo Irga e adotadas pelos orizicultores. “Mais de 90% da área do arroz foi semeada na janela de plantio adequada, a radiação solar está dentro ou acima da média e houve poucas chuvas no período de plantio”, pontua.

O diretor comercial do Irga, João Batista Camargo Gomes, projeta um ano de preços estáveis. A cotação da saca de 50 quilos, base casca, tomada pelo Esalq/Senar-RS, estava em R$ 86,89 na quarta-feira (24). Gomes pontuou também que houve redução de área plantada nos Estados Unidos, o que poderá abrir oportunidades no mercado internacional para o arroz brasileiro.

*Sob supervisão de Elder Ogliari


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895