Conab reduz projeção de safra de grãos em 2,8% para o Rio Grande do Sul

Conab reduz projeção de safra de grãos em 2,8% para o Rio Grande do Sul

Expectativa atual é de 37,4 milhões de toneladas

Camila Pessôa

Projeção para a soja no Rio Grande do Sul é de produção de 18,98 milhões de toneladas

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a projeção para a safra de grãos do Rio Grande do Sul de 38,5 para 37,4 milhões de toneladas no 5º Levantamento de Safra da Companhia, divulgado nesta quarta-feira. Isso representa uma redução de 2,8% em relação à estimativa anterior, divulgada em janeiro, mas, ainda, um crescimento de 40,6% em relação à safra 2021/2022, com 26,6 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, a projeção para a colheita brasileira de grãos reduziu em 0,1%, de 310,9 para 310,6 milhões de toneladas, o que representa incremento de 14,5% em relação à safra 2021/2022, com produção de 272,4 milhões de toneladas.

Para a soja, a produção projetada para o Rio Grande do Sul é de 18,98 milhões de toneladas, 6,15% a menos que a expectativa divulgada em janeiro, de 20,2 milhões de toneladas. Ainda, a produção esperada para a oleaginosa é 108% maior que a de 2021/2022, de 9,1 milhões de toneladas. “Considerando que em torno de 49% da soja ainda se encontra em desenvolvimento vegetativo, a Conab continua acompanhando os impactos das estiagens nas lavouras em campo”, diz a superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Candice Romero Santos. 

“O Rio Grande do Sul tem passado por essa seca prolongada que tem impactado de forma direta o desenvolvimento das lavouras e, no caso do milho, na formação da espiga, também teve um atraso na semeadura da soja e isso causou uma desuniformidade nas lavouras”, acrescenta a superintendente. Para o milho, a redução nas previsões foi de 8%, de 4,68 milhões de toneladas na estimativa de janeiro para 4,3 milhões de toneladas em fevereiro, número 48,7% maior que a produção de 2021/2022, de 2,9 milhões de toneladas. “No entanto não vai faltar milho porque existe milho em outras regiões do país onde ele está sendo produzido, associado aos estoques remanescentes, mas tende a haver um preço maior do grão, devido ao ajuste da oferta, que é menor”, explica Candice.


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