Criação de seguro para a aftosa é estudada no RS

Criação de seguro para a aftosa é estudada no RS

Perda de animais por doenças já é indenizada pelo Fundesa, mas a cobertura pode ser ampliada com a contratação de apólice de proteção

Nereida Vergara

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A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) está trabalhando junto com corretoras do mercado a possibilidade de criação de um tipo de seguro que garanta a indenização ao produtor rural no caso de um eventual surto de febre aftosa.

De acordo com o economista chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, essa tem sido uma preocupação da entidade desde quando se anunciou a ideia de retirar a vacinação contra a doença no Estado, concretizada em maio deste ano.

Da Luz explica que, hoje, a possibilidade de indenização ao pecuarista no caso de um surto de aftosa está garantida pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). No entanto, observa que os recursos do fundo destinados ao gado bovino, em torno de R$ 25 milhões, seriam suficientes apenas para indenizar 6,6 mil cabeças. “Por isso, estamos trabalhando com uma hipótese de fazer um seguro, de forma a não onerar o produtor, mas garantir a indenização de um número maior de cabeças”, diz. Os recursos próprios do fundo custeariam  até as 6,6 mil cabeças. Acima disso, a cobertura ficaria para uma seguradora O pagamento da apólice seria rateado entre os produtores, que pagariam uma fração de centavo, embutida na contribuição paga  por bovino abatido.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, confirma que o modelo está em avaliação e diz que ele não é novo Brasil, já tendo sido usado em outros estados para assegurar planteis no caso de surtos de gripe aviária.
A possibilidade de segurar o rebanho de gado de corte também existe no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura. Quatro companhias nacionais estão habilitadas ao programa e oferecem produtos com cobertura para o caso de morte de animais.


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