Cultivares de oliveiras da Europa serão estudadas para gerar materiais adaptados ao RS
Variedades promissoras, vindas da Itália e de Portugal, vão ser usadas em pesquisas da Embrapa Clima Temperado
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A pedido do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, assinaram um termo que viabilizará a importação e avaliação de novas cultivares de oliveira para gerar programas de melhoramento no Brasil. A assinatura do Termo de Execução Descentralizada para captação de R$ 58,9 mil entre os dois órgãos federais ocorreu na sexta-feira (30 de outubro), junto a uma plantação de oliveiras em Encruzilhada do Sul, município com a maior área cultivada com a frutífera no Estado.
Por meio do convênio, deverão ser introduzidos no Brasil materiais de Portugal e da Itália, países tradicionais na produção da oliveira. A importação de variedades promissoras, segundo o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, auxiliará em pesquisas para seleção de cultivares com melhor adaptação às condições locais, proporcionando aumento de produtividade e resistência a pragas, entre outros.
O plano ainda prevê a estruturação de um banco de matrizes e distribuição de material básico para viveiristas. As avaliações de desempenho agronômico estão previstas para serem realizadas em quatro Unidades de Observação no Rio Grande do Sul, ainda a terem seus locais definidos, e devem resultar na seleção de cultivares.
A Embrapa Clima Temperado faz pesquisas em olivicultura desde 2006. Dois projetos foram responsáveis por formar Bancos Ativos de Germoplasma de oliveira, na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e na Embrapa Clima Temperado, e por elaborar o zoneamento edafoclimático da cultura no Rio Grande do Sul, documento que indica as áreas e condições mais favoráveis para o cultivo.