Emater confirma grande safra de inverno no Estado
Produção de todas as culturas foi de 4,4 milhões de toneladas, a maior desde 2016, com destaque para o trigo, com 3,4 milhões de toneladas
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O Rio Grande do Sul colheu neste ano da sua maior safra de inverno desde 2016, segundo estimativa final do ciclo divulgada pela EmaterRS-Ascar nesta segunda-feira. A produção total, de 4,406 milhões de toneladas de grãos, é 55,2% superior à do ano passado (2,840 milhões). O volume de todas as quatro principais culturas da estação cresceu e o do trigo estabeleceu um novo recorde.
Embora a área cultivada tenha se expandido de 1,349 milhão de hectares em 2020 para 1,596 milhão de hectares em 2021, os volumes foram influenciados principalmente pelo aumento de produtividade.
Na maior cultura de inverno, o trigo, a área plantada avançou 23,4%, chegando a 1,11 milhão de hectares, e a produção 61,8%, para 3,406 milhões de toneladas. Até então, o recorde da série histórica era da safra 2014. A produtividade das lavouras teve um incremento de 30,7% e chegou a 2,8 mil quilos por hectare.
O cultivo da canola obteve crescimento de 58,3% em produção, alcançando 53,5 mil toneladas, com destaque para as regiões de Santa Rosa e Ijuí. O desempenho foi puxado pela alta na produtividade, que cresceu 45,9%, chegando a 1,4 mil quilos por hectare. A área ficou em 37,6 mil hectares, um acréscimo de 8,5% em relação a 2020.
Na cevada, o crescimento na produção foi de 37,6%, totalizando 128 mil toneladas. Os maiores volumes foram colhidos nas regiões de Erechim, Frederico Westphalen e Passo Fundo. A produtividade também aumentou, em 29,4%, enquanto a área plantada cresceu 6,3%.
No caso da aveia branca, a produção atingiu 819 mil toneladas, aumento de 34,4%. A produtividade cresceu 27,5%, e a área, 5,2%. As regiões de Passo Fundo e Santa Rosa tiveram as maiores produções do Estado.
Segundo o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, os números foram influenciados pela boa rentabilidade obtida pelo produtor gaúcho na última safra de verão. “Com isso, ele conseguiu se planejar: fez a gestão econômica e visualizou a possibilidade de ampliar recursos nas culturas de inverno”, observa. Já as condições climáticas foram favoráveis, embora não tenham sido ideais, com um inverno seco e frio.
