Os embarques de arroz no Porto de Rio Grande cresceram 50,58% em 2022. “São números bons, mostram que tem demanda pelo arroz gaúchos em função da consolidação com o mercado do México, e em função dos preços e manutenção do câmbio na faixa dos R$ 5,20, e isso é bom para o mercado interno”, diz o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
De acordo com ele, os bons resultados em exportações dependem da manutenção da taxa de câmbio. Além disso, em função da oferta e expectativa de manutenção da demanda, os preços devem ser superiores este ano. “O que não significa aumento grande ao consumidor, o preço deve se manter nos R$ 5,00 o quilo”, afirma Velho.
De acordo com o presidente da Federarroz, já há expectativa de embarques para o México em abril e demandas da Costa Rica. Os maiores volumes embarcados costumam ocorrer no primeiro semestre do ano, segundo ele, entre janeiro e julho, uma vez que este é o período de entressafra dos Estados Unidos, maior concorrente do arroz com casca brasileiro. Para exportar, o produtor deve contratar uma empresa de trading, fixar as características de seu arroz, como umidade, quebrado e impurezas e contratar o frete até o porto, que faz a entrega até o destino em cerca de 10 dias.
Camila Pessôa