Entidades querem linhas do ABC para incêndios

Entidades querem linhas do ABC para incêndios

Programa do BNDES é destinado a investimentos que contribuam para a redução de impactos ambientais causados por atividades agropecuárias

Nereida Vergara

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Entidades representativas da agropecuária gaúcha encaminharam ofício à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ontem, pedindo alterações no Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC). As federações da Agricultura (Farsul), dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro) e das Associações de Arrozeiros (Federarroz), junto com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), solicitaram que as ferramentas do programa possam ser usadas em propriedades rurais destruídas total ou parcialmente por incêndios gerados durante estiagens. 

A reivindicação defende a inclusão de itens específicos no Manual de Crédito Rural que possibilitem a recuperação de áreas degradas por incêndios com obtenção de novos créditos. As alterações dependem de Resolução do Banco Central e precisam ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O quadro de estiagem no Estado segue grave. Ontem, a Sociedade dos Engenheiros Agrônomos da Região de Cruz Alta (Searca), o Sindicato Rural de Cruz Alta, a Universidade de Cruz Alta (Unicruz) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgaram carta aberta apontando quebra de 65% na safra de soja 2021/2022 do município, o que representará prejuízo financeiro de R$ 700 milhões. 

A Defesa Civil do Estado atualizou para 395 o número de municípios gaúchos com situação de emergência decretada, 362 dos quais com decreto homologado pelo Estado e 281 também reconhecidos pela União.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895