Entidades rejeitam a transgenia

Entidades rejeitam a transgenia

Há possibilidade de aprovação da importação do trigo transgênico HB4 da Argentina

Correio do Povo

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A possibilidade de aprovação, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), de um parecer que liberará a importação de farinha produzida a partir do trigo transgênico HB4, plantado experimentalmente na Argentina, vem preocupando entidades que representam produtores e indústria processadora do grão. Naquele país há autorização para o plantio da cultivar, desenvolvida por duas empresas obtentoras que solicitaram a liberação à CTNBio, mas a decisão de passar à produção comercial e à fabricação de farinha está condicionada ao Brasil concordar em ser o comprador.

O presidente da Câmara Setorial do Trigo no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e coordenador da Comissão de Trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, ressalta que nenhum país usa o trigo transgênico na alimentação humana.

As associações brasileiras da Indústria do Trigo (Abitrigo), das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi) e da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) observaram que o processo conduzido pela CTNBio é restrito a elementos técnicos e não considera aspectos mercadológicos e sociais, como o posicionamento dos consumidores, que rejeitam este tipo de alimento. O presidente do Sinditrigo/RS, Rogério Tondo, garante que, mesmo que seja autorizada, a indústria não vai importar a farinha.


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