Estados do Sul colheram 628 mil toneladas de tabaco

Estados do Sul colheram 628 mil toneladas de tabaco

Produção brasileira está concentrada na região

Correio do Povo

publicidade

A produção sul-brasileira de tabaco chegou a 628,4 mil toneladas na safra 2020/2021. O volume é 0,7% inferior ao de 633,0 mil toneladas da safra 2019/2020, mas representa um avanço de 5,5% na produtividade, que subiu de 2.180 para 2.299 quilos por hectare. A área cultivada caiu 5,9%, de 290,3 mil para 273,3 mil hectares.

No Rio Grande do Sul, Estado que responde por 45% da colheita brasileira, a área recuou 2,9% (de 126,8 mil hectares para 123,1 mil hectares), a produtividade avançou 20% (de 1.919 quilos para 2.302 quilos por hectare) e a produção 16,5% (de 243,4 mil toneladas para 283,4 mil toneladas). Os dados finais da safra foram divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, observa que a grande diferença que ocorreu no Rio Grande do Sul deve-se à queda da produtividade no ciclo 2019/2020, em consequência do excesso de chuva ocorrido no desenvolvimento da planta nos meses de outubro e novembro de 2019, que rebaixou a base de comparação daquele ciclo. 

O preço médio praticado no Sul do Brasil subiu 19%, de R$ 8,86 por quilo na safra 2019/2020 para R$ 10,54 na safra 2020/2021, um aumento de 19%. No Rio Grande do Sul, a evolução foi de 21,7%, de R$ 8,73 para R$ 10,62, na mesma comparação. Também neste caso, o ponto de partida deve ser considerado. 

“Embora os percentuais pareçam ser favoráveis, temos que ressaltar que os preços praticados na safra 2019/2020 foram extremamente baixos”, ressalva Werner. “Também não queremos afirmar que os preços praticados na safra 2020/2021 foram favoráveis ao produtor, uma vez que tivemos muita insatisfação deles pela rigidez na compra até meados de maio deste ano”, complementa.

A receita bruta auferida pelos produtores da Região Sul com a comercialização do tabaco cresceu 18,1% entre os dois ciclos, de R$ 5,609 bilhões para R$ 6,623 bilhões.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895