Exercício simulado treina técnicos para enfrentar Peste Suína Africana
Ministério da Agricultura realiza atividades entre 19 e 26 de novembro em Santa Catarina
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) preparam um exercício simulado frente à ocorrência de casos de Peste Suína Africana. As atividades serão realizadas no estado vizinho no período de 19 a 26 de novembro e integram a programação de divulgação e capacitação à execução do Plano de Contingência para Peste Suína Africana, recentemente apresentado pelo Pasta.
A realização dos exercícios contará com um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária. A estrutura será instalada para que os participantes pratiquem a organização e os procedimentos técnicos necessários ao combate à enfermidade, como vigilância e investigação clínica e epidemiológica, biossegurança, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial. O grupo também treinará os procedimentos para eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação. Ainda serão exercitadas atividades de planejamento, proposição de uma zona de contenção e atividades de comunicação de risco.
O Plano de Contingência para Peste Suína Africana reune os princípios, as estratégias e os procedimentos para a contenção e a erradicação de focos da doença no Brasil. O documento foi elaborado pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária e contou com a contribuição de diferentes agentes do serviço veterinário oficial brasileiro, de instituições de ensino e de pesquisa e de entidades representativas do setor privado (produção e indústria).
Quem vai participar
Cerca de 180 servidores do Serviço Veterinário Oficial (SVO), de 26 estados e do Distrito Federal (DF) participarão do simulado. O exercício contará também com representantes da Defesa Civil, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal, do Exército, da iniciativa privada, da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e do SVO de países vizinhos.
“O exercício simulado tem como objetivo testar o plano de contingência e preparar os participantes para a organização da cadeia de comando e o cumprimento dos protocolos que devem ser adotados em uma situação real de ocorrência da Peste Suína Africana, minimizando seus impactos econômicos e sociais”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
O diretor ainda ressaltou que “as medidas sanitárias servem para todas as doenças emergenciais, como a peste suína clássica, febre aftosa e influenza aviária, já que os protocolos são semelhantes e o caráter de emergência é o mesmo”.
O que acontece caso a PSA volte a ser identificada no país?
Em caso de ocorrência de PSA no Brasil, será declarado estado de emergência zoossanitária pelo Mapa e se dará início ao conjunto de atividades descritas nos planos de contingência, tendo em vista a condição de país livre da doença e as graves consequências econômicas e sociais advindas.
A Peste Suína Africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível. No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da PSA em 5 de dezembro de 1984. Até o momento, não existe vacina com eficácia comprovada contra a PSA.
