13º Fórum Nacional do Milho aborda a importância do cultivo

13º Fórum Nacional do Milho aborda a importância do cultivo

Evento foi promovido pela cooperativa Cotrijal e pela CCGL

Patrícia Feiten

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Com reflexões sobre produtividade, técnicas de manejo que fazem a diferença na lavoura e mercado internacional, o 13º Fórum Nacional do Milho abriu nesta segunda-feira (7) o tradicional ciclo de fóruns da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. O evento foi promovido pela cooperativa Cotrijal e pela CCGL e reuniu três palestrantes.

A cargo do tema “Importância do milho no sistema de produção”, o professor do Instituto de Ciências Agronômicas (INCIA) Bernardo Tisot destacou as vantagens do uso do cereal no sistema de rotação de culturas. Com base em dados de trabalhos científicos sobre a contribuição do milho para a produtividade da soja e do trigo, Tisot explicou que o cereal traz melhores resultados no combate a pragas, doenças e plantas daninhas. O grão também é excelente aliado das práticas de conservação do solo, devido a sua eficiência na ciclagem de nutrientes. “Temos uma grande chance, com o milho, de produzir mais utilizando um sistema equilibrado e principalmente mais sustentável”, ressaltou.

A segunda palestra do dia foi conduzida pelo pesquisador da CCGL Tiago Hörbe, com o tema “Lavouras de milho de alta estabilidade: como construir?”. Em sua explanação, ele enfatizou a a importância de se construir o perfil do solo para o alcance de altas produtividades, assim como o impacto da semeadura no potencial das lavouras, tanto no plantio de sequeiro quanto no irrigado. “A irrigação é um mitigador de estiagem, mas os processos de agronomia vêm antes”, comparou Hörbe.

O corretor Dirceu Thomasio, da JF Corretora, encerrou o fórum com uma palestra sobre perspectivas de mercado do milho. Segundo o palestrante, o Brasil vem produzindo apenas metade de seu potencial para a cultura – de acordo com estimativas da Conab, deverão ser colhidos 112,34 milhões de toneladas do cereal na safra 2021/2022. Thomasio destacou que a Ucrânia é um dos maiores exportadores de milho, com 33 milhões de toneladas já embarcadas no ciclo 2021/2022, e o conflito entre o país e a Rússia impactará o cenário da oferta, trazendo oportunidades a outros fornecedores. “(Hoje) todo volume de milho que produzirmos terá liquidez”, afirmou o corretor, baseado em dados sobre consumo interno e demanda internacional.


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