Bancos pretendem atender à demanda dos produtores na 23ª Expodireto Cotrijal

Bancos pretendem atender à demanda dos produtores na 23ª Expodireto Cotrijal

Ao menos quatro grandes bancos vão ofertar crédito durante a feira em Não-Me-Toque

Nereida Vergara

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O produtor que comparecer à 23ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, com a intenção de adquirir equipamentos e tecnologias não terá dificuldades em encontrar opções de crédito, em alguns casos ainda com recursos subsidiados pelo governo federal, mas também em verbas próprias disponibilizadas pelos bancos que participam do evento. As instituições preferem não divulgar taxas de juros, uma vez que essas dependem da opção do produtor e do que ainda há em recursos equalizáveis do Plano Safra 2022/2023.

O Banrisul, que há cinco anos investe na ampliação do atendimento a agricultores e pecuaristas gaúchos, garante estar preparado para acolher todas as propostas que chegarem à instituição. Janir Luiz Damiani, superintendente da Unidade de Expansão de Agronegócio do Banrisul, diz que, além das linhas Moderfrota e Pronaf, ambas com recursos subsidiados pelo governo federal, o banco tem recursos livres para oferecer em linhas para investimento para aquisição de máquinas e de soluções de irrigação, entre outras.

No ano passado, o Banrisul registrou R$ 452 milhões em intenções de negócios na Expodireto, marca que pode ser superada nesta edição. “Esperamos crescer, mas, este ano, houve novamente estiagem, então, tudo vai depender do contexto”, afirma Damiani. Ele ressalta que 70% do volume de recursos oferecidos pelo banco no âmbito do Plano Safra atual (R$ 7 bilhões), que se encerra em 30 de junho, já estão empenhados. “Acreditamos que os 30% que faltam sejam completados até junho e é possível, inclusive, que ultrapassemos a quantia”, pontua.

Com foco em projetos voltados à sustentabilidade no agronegócio, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) fixou em R$ 200 milhões o montante para novos financiamentos durante a Expodireto, que pode ser ampliado conforme a demanda. A oferta supera em 46% o total de operações encaminhadas no evento de 2022, quando o banco registrou R$ 136,4 milhões de novos pedidos nos cinco dias da feira. O programa “Meu Agro é BRDE”, contempla opções para investimentos em armazenagem, aquisição de máquinas e implementos, geração de energia com fontes renováveis, integração lavoura-pecuária, agricultura de baixo carbono e agroindústrias. “Mais do que oferecer crédito, o BRDE tem compromisso em apoiar quem inova e investe na sustentabilidade do agro”, destaca o diretor de Planejamento do banco, Otomar Vivian.

Segundo maior financiador do agro no país, ficando atrás apenas do Banco do Brasil, o Sicredi promete atender toda a demanda que receber durante a exposição. A rede de cooperativas financeiras tem recursos próprios para emprestar com taxas competitivas e alternativas modernas como a Cédula do Produtor Rural (CPR). “Estamos crescendo nas operações de CPR digital”, observa o presidente da Central Sicredi Sul, Márcio Port. De acordo com o executivo, as operações com a cédula representaram, no Plano Safra 2021/2022, 10% dos volumes emprestados, mas chegam a 25% no ciclo atual.


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