Discurso otimista marca abertura da Expodireto

Discurso otimista marca abertura da Expodireto

Expectativa dos organizadores é alcançar volume de negócios de 2015<br />

Danton Júnior

Discurso otimista marca abertura da Expodireto

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O discurso de otimismo para enfrentar a crise deu o tom da abertura oficial da 17ª Expodireto Cotrijal, na manhã desta segunda-feira, em Não-Me-Toque. Em um ano de crise política e econômica, a expectativa dos organizadores é de alcançar um volume de negócios semelhante ao do ano passado, que foi de R$ 2,182 bilhões.

"Não estamos preocupados com recordes, estamos preocupados com a tecnologia, a inovação e as oportunidades que todo mundo vai encontrar aqui dentro da Expodireto", afirmou o presidente da Cotrijal, Nei Mânica.

Mesmo em um cenário de instabilidade, Mânica salientou que a Expodireto costuma provocar surpresas positivas. Um dos motivos que mantêm o otimismo é o fato de as cinco grandes montadoras - New Holland, Valtra, AGCO, John Deere e Case - terem escolhido a Expodireto como a primeira exposição do ano, já que não participaram do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), por uma questão de calendário. "Muitos negócios que seriam feitos em outras exposições serão feitos aqui. Isso é um fator muito positivo", afirmou o dirigente.

Durante a abertura, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, afirmou que a pasta trabalha para remanejar R$ 300 milhões para o Moderfrota, ainda na safra 2015/2016. Hoje o programa conta com cerca de R$ 1 bilhão disponíveis para financiamento. O setor de máquinas defende que seria necessário um aporte de R$ 2,5 bilhões. Nassar afirmou que esse é um recurso muito elevado e que a necessidade será avaliada mês a mês. "Se precisar de mais, a gente estuda de onde vem", afirmou. No entanto, ele salientou que a demanda está em queda.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, disse que o secretário Nassar "é muito habilidoso" e conseguiu desfazer ansiedades ao protelar uma decisão sobre o Moderfrota. No entanto, disse que segue em diálogo com o Mapa. Sobre o próximo Plano Safra, Sperotto afirmou que é necessário levar em conta que o setor agropecuário é o único que está dando uma resposta positiva na economia. "E isso ele sabe tranquilamente e nós vamos discutir, mesmo que a distância, ou que tenhamos que ir à Brasília, com a ministra", acrescentou.




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