Máquinas agrícolas devem impulsionar vendas da Expodireto
No terceiro dia de feira, já havia sido registrada vendas superiores às de 2016
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O Sicredi disponibilizou R$ 220 milhões aos associados e, na quarta-feira, registrou aumento de 58% em valores contratados em relação ao terceiro dia no ano passado. Em número de protocolos assinados, o crescimento foi de 32%. O produtor Gilmar Ferreira dos Santos, de Marau, comprou uma colheitadeira por R$ 900 mil no estande da Massey Ferguson. Ele disse que o preço e a linha de crédito motivaram a aquisição. Metade do valor foi paga à vista e a outra metade financiada, com juros de 8,5% ao ano.
Para Santos, que cultiva mil hectares em áreas de Soledade e Barros Cassal, o investimento vai dar maior eficiência à colheita graças à tecnologia embarcada no equipamento. A máquina nova, que garante grãos mais limpos e mais rapidez na colheita, já entra na lavoura no próximo dia 25 de março. A Massey Ferguson está otimista e, apesar de ainda não ter um balanço de vendas, diz que os números são maiores que os do ano passado.
O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) projetam um incremento de 15% nas vendas, em relação ao ano passado. Com isso, a comercialização chegaria a R$ 1,8 bilhão.
Pedro Estevão Bastos, presidente da Abimaq, diz que não há motivos para as vendas serem inferiores às do ano passado. “Com uma boa safra, boas linhas de crédito e uma crise política controlada, teremos um ano normal de vendas”, destaca.
As instituições financeiras estão facilitando a liberação de crédito. O Banco do Brasil iniciou a busca por clientes antes mesmo da feira. As revendas indicaram possíveis compradores, que chegaram com crédito pré-aprovado. O banco disponibilizou R$ 1 bilhão exclusivamente para a Expodireto. Quem compra na feira tem atendimento prioritário para aprovar o crédito, além de aplicativos que agilizam os processos.
Marco Túlio Moraes da Costa, diretor de agronegócios do Banco do Brasil, revelou que a instituição já chegou a R$ 250 milhões em contratos nos primeiros dias de feira. Grande parte desses recursos foi para produtores que chegaram em Não-Me-Toque com crédito pré-aprovado.