Novas cultivares prometem melhorar performance do trigo
Tecnologias foram lançadas pelo Biotrigo Genética durante a 22ª Expodireto Cotrijal
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A pesquisa de cultivares adaptadas ao clima, resistentes às doenças, com maior potencial para a moagem e panificação, e, recentemente, com propósito de alimentação animal, mudou nos últimos anos o interesse do mercado nacional pelo trigo do Rio Grande do Sul, que já foi chamado de "bucha de canhão". Na 22ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, a Biotrigo Genética vai lançar mais três novas tecnologias para o produtor, para alcançar mais produtividade e qualidade ao grão produzido no Estado. São elas a TBIO Calibre, a XBIO Fusão e TBIO ELLO CL, que prometem melhorar ainda mais o perfil da cultura.
O diretor sócio-proprietário da Biotrigo, André Cunha Rosa, explica que a cultivar Calibre é do tipo super precoce, com alta produtividade (cerca de 87 sacas por hectare) e resistente às doenças da cultura. Por ser tolerante ao alumínio do solo, a tecnologia permite plantas com raízes mais profundas, o que aumenta a resistência ao estresse hídrico. XBIO Fusão é o primeiro mix de cultivares lançado no Brasil e TBIO ELLO CL é resistente ao Raptor 70 DG, herbicida usado para matar invasoras do trigo, mas que pode matar as plantas.
Rosa, analisando a próxima safra do grão, que começa a ser plantada no Estado em maio e cuja colheita ocorre entre outubro e dezembro, acredita que vai haver fertilizantes disponíveis para o plantio, independente do conflito entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, em conversas com o mercado, a Biotrigo tem ouvido das indústrias que a triticultura será priorizada no uso dos estoques existentes e que, o que for para a safra de verão, é assunto para mais adiante. O empresário observa ainda que pode ter sobrado adubo nas propriedades onde a colheita da soja e do milho foi prejudicada pela estiagem. "O produtor pode ter comprado produto que não conseguiu aplicar", pontuou.
