Políticas públicas para mitigar efeitos da estiagem são discutidas na Expodireto
Secretaria da Agricultura detalhou recursos disponíveis para produtores rurais
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Com uma estiagem histórica impactando mais de 80% dos municípios do Rio Grande do Sul, o chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Erli Teixeira, detalhou algumas iniciativas tomadas pelo governo para mitigar o problema. Durante o 1º Fórum Estadual dos Gestores Municipais do Agro, realizado nesta terça-feira durante a 22ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, ele lembrou que R$ 275 milhões serão investidos no programa Avançar e que os produtores podem ter acesso até R$ 15 mil através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Produtores Rurais (Feaper)
Destes R$ 15 mil, segundo Teixeira, 80% são a fundo perdido e 20% retornam para o fundo. Todos os produtores com Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) podem acessar o benefício. O mesmo valor também poderá ser acessado para quem possui agroindústria, para adquirir equipamentos ou promover melhorias na produção. O chefe de gabinete disse que o governo espera poder chamar os gestores municipais em breve para assinar os convênios. “Pedimos atenção de todos os prefeitos para que agilizem o mais rápido possível essa documentação”, afirmou.
O presidente do Banrisul, Claudio Coutinho, disse que o banco tem se dedicado intensamente nos últimos quatro anos a aumentar sua presença no agronegócio. De acordo com ele, o momento da estiagem é importante também para que se reflita sobre a infraestrutura de irrigação do Estado. “Faz parte do papel de um banco público levar para os clientes a melhor orientação”, disse. “O risco de estiagem no Rio Grande do Sul existe. A única maneira de mitigar é com irrigação”, completou, acrescentando que a instituição tem dado prioridade a financiamentos de todos os elementos ligados à irrigação.
O presidente da Famurs e prefeito de São Borja, Eduardo Benotto, disse que, caso não haja um anúncio oficial da Expodireto, a entidade fará uma reunião com os mais de 400 prefeitos de municípios gaúchos em situação de emergência. “Estamos numa situação extremamente complicada, na qual mais de 80% dos municípios do Estado estão passando por dificuldades, tanto no abastecimento de água para as comunidades como, principalmente, para o produtor de grãos e a criação de animais. Esse é o nosso papel, omissão não pode ser uma palavra que esteja a nossa frente.”