Preço do leite tende a dificultar importação

Preço do leite tende a dificultar importação

Projeção mostra um produto estrangeiro menos atrativo e a maior competitividade para os produtores gaúchos

Correio do Povo

Projeção mostra um produto estrangeiro menos atrativo e a maior competitividade para os produtores gaúchos

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A recuperação gradual dos preços internacionais do leite em pó deve dificultar a importação do produto pela indústria brasileira, diferentemente do que ocorreu em 2016. A projeção foi feita pelo pesquisador e consultor em agropecuária Wagner Beskow durante o 13º Fórum Estadual do Leite, na quarta-feira, na Expodireto. Segundo ele, a “enxurrada” de leite importado no ano passado, ocorrida depois de o governo federal ter autorizado a reidratação do leite em pó, estabeleceu uma forte concorrência. “A recuperação nos preços lá fora vem ocorrendo desde maio de 2016, o que diminui a atratividade do produto estrangeiro e dá mais competitividade para o leite gaúcho”, avaliou.

Ao mesmo tempo em que o produtor poderá não ter tanta concorrência em 2017, Beskow alertou que a cadeia deve se organizar para ampliar as exportações. O consultor sustentou que ações simples, muitas vezes, são mais eficientes do que grandes investimentos em estruturas fixas, instalações e maquinários. “O balanceamento da dieta do rebanho, adubação adequada, correção do solo, atenção para o manejo alimentar e do pastoreio, genética animal e observação do cio, são algumas áreas de ação que geram resultados rápidos, de grande impacto na produção leiteira”, afirma.

O coordenador técnico de difusão da Cotrijal, agrônomo Alexandre Doneda, disse que “a alta produtividade depende de adubação orgânica, manejo adequado, rotação de culturas e formação de palhada”. Já o médico alergista Gil Bardini Alves observou que muitas pessoas têm feito dietas de restrições sem diagnóstico, um comportamento que reduz o consumo de leite, principal fonte de cálcio para nutrição humana.

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