Produtor aproveita taxa de juros na Expodireto

No penúltimo dia de Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, o clima é de otimismo entre expositores e visitantes. Um público de 30 mil pessoas é aguardado para o encerramento, na sexta-feira. Nos três primeiros dias, 142,2 mil pessoas passaram pelo parque.

No setor de máquinas e nas instituições financeiras, a sensação é de que o Moderfrota confirmou a expectativa positiva que se tinha antes da feira, já que a taxa de juros de 4,5% deverá ser elevada no próximo Plano Safra. Segundo o superintendente do Banco do Brasil, Tarcísio Hübner, essa é a linha que mais se destaca entre as operações realizadas até agora.

Na quinta-feira, o banco realizou uma cerimônia de assinatura de quatro contratos. A demanda por crédito é considerada boa, porém não há números até o momento. “A gente vê pouca crise aqui”, disse Hübner. No entanto, afirma que neste ano o produtor está “com o pé no chão”. Conforme o superintendente, 50% a 60% das propostas de financiamento acabam sendo efetivadas após a feira.

Foi pelo Moderfrota que o agricultor Willi Kütter, de Cerrito, adquiriu um pulverizador autopropelido que ele vinha “namorando” há um ano. Até então, contava com uma máquina convencional, com menor autonomia. Após aproveitar a taxa de juros de 4,5%, com prazo de oito anos, ele pretende usar a nova aquisição na lavoura de soja de mil hectares. “A perda de produção é menor com uma máquina dessas”, explica o filho, Marcelo.

Por meio do Pronaf Mais Alimentos, outra linha bastante procurada pelo taxa de juros reduzida, Vilso Dalpizol e o filho Evandro, de Colorado, buscaram financiamento para a compra de uma nova colheitadeira. Embora a aquisição já estivesse programada, a incerteza com relação ao futuro da taxa de juros pesou na decisão. “Vai ser mais rápido para fazer a colheita. A nossa já estava com muito tempo de uso”, afirmou Evandro.