Vendas no setor de máquinas devem aumentar de 5 a 8% na Expodireto

Responsável pelo maior volume de negócios da Expodireto, o setor de máquinas espera ver suas vendas crescerem de 5% a 8% durante a feira deste ano. Os índices são inferiores aos 20% projetados pela organização do evento. Uma possível dificuldade é a taxa de juros do Moderfrota, de 7,5% ao ano, superior à Selic, que é de 6,75%.

Uma sinalização positiva foi o bom desempenho da Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), no início de fevereiro, que superou em 20% o faturamento da edição passada. Além disso, a indústria percebe que o produtor sente a necessidade de renovar a frota, que a safra da soja vai bem no Planalto gaúcho e que o grão tem perspectiva de manter sua cotação em alta porque houve estiagem na Argentina.

"As máquinas estão envelhecendo e há reposição natural das antigas” diz o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos, que, por isso, acredita em vendas superiores às de 2015 e 2016. O presidente do Simers, Cláudio Bier, espera que o governo federal sinalize alguma mudança nas linhas de financiamento durante a feira. “Seria muito positivo para nós”, admite.

O diretor de vendas da Massey Ferguson, Rodrigo Junqueira, salienta que a taxa de renovação de máquinas no Brasil ainda é inferior à dos países europeus e norte-americanos, havendo potencial para evolução dos negócios locais. Na New Holland, o diretor de mercado, Alexandre Blasi, destaca que janelas mais curtas de plantio exigem máquinas mais eficientes.

O gerente de vendas para a Região Sul da John Deere, Eduardo Martini, lembra que, de modo geral, há renovação de colheitadeiras a cada período de cinco a oito anos. Assim, um novo ciclo está chegando, depois do pico alcançado em 2013 e 2014.