Volume de negócios cresce 4% na Expodireto

Volume de negócios cresce 4% na Expodireto

Mesmo contido pelos juros altos e estiagem, movimento de R$ 2,2 bilhões foi o melhor desde 2014

Correio do Povo

"Conseguimos fazer mobilização", comemorou Mânica

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Os negócios fechados ou encaminhados durante a 19º Expodireto Cotrijal chegaram a R$ 2,207 bilhões, com um crescimento de 4% em relação à edição do ano passado. O levantamento, divulgado ontem, no encerramento do evento, é o melhor desde 2014, quando o volume chegou a R$ 3,2 bilhões, mas não atingiu a expectativa dos organizadores, que projetavam um avanço de 20%.

Para o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, três fatores foram determinantes para o resultado inferior ao projetado: seca na Metade Sul do Estado, juros altos e o aviso, dado pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de que as taxas não serão alteradas até o lançamento do Plano Safra 2018/2019, que entra em vigor em julho. “O anúncio impactou um pouco as aquisições de quinta-feira e de sexta-feira”, admitiu o dirigente, referindo-se à possível espera dos produtores por juros mais baixos no próximo Plano Safra.
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Entre os cinco índices de negócios levantados na feira, o que mais cresceu foi o do Pavilhão Internacional, que saltou 722%, de R$ 40 milhões no ano passado para R$ 328 milhões neste. As intenções de compra com financiamento bancário somaram R$ 1,3 bilhão, com queda de 16% em relação a 2017. Já nas instituições financeiras vinculadas às indústrias de máquinas e equipamentos houve aumento, de 31%, embora o volume final tenha sido menor, de R$ 340 milhões. As compras com recursos próprios recuaram 10%, fechando em R$ 170 milhões. Os agricultores familiares faturaram R$ 1,08 milhão, 4% mais que no ano passado.

Levantamento feito pelas indústrias de máquinas e equipamentos associadas à Abimaq apontou que as intenções de compra de máquinas para grãos cresceram 6% em relação à feira passada, ficando dentro da expectativa da associação, de aumento de 5% a 8% em 2018. No segmento da irrigação, houve crescimento de 18%, enquanto que, em armazenagem, registrou-se queda de 13%.

O público foi o maior dos últimos cinco anos, com 265 mil visitantes, 10% a mais na comparação ao ano passado. “Atingimos a nossa expectativa, o que nos deixa muito felizes porque conseguimos fazer a mobilização que queríamos”, comentou o dirigente. Mânica também comemorou a visibilidade que a feira ganhou como a presença de ministros e com a possibilidade de encaminhar pleitos ao governo federal. E anunciou, ainda, que a 20º edição ocorrerá entre os dias 11 e 15 de março de 2019. Sobre a montagem de uma programação especial para comemorar as duas décadas, o presidente pediu tempo para avaliações internas, mas deixou aberta a possibilidade de novidades.

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