Exportação de arroz está diante de cenário favorável

Exportação de arroz está diante de cenário favorável

Produtores rurais e indústria acreditam que câmbio e demanda internacional vão aquecer os embarques brasileiros durante 2022

Danton Júnior

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A cadeia produtiva do arroz aposta que 2022 será um ano marcado pelo bom desempenho das exportações, apesar das dificuldades logísticas que marcaram 2021. A safra gaúcha 2021/2022 é calculada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 8 milhões de toneladas. Já a safra brasileira deve chegar a 11,4 milhões de toneladas, com os embarques ao exterior alcançando 1,4 milhão de toneladas no ano que vem, segundo o órgão.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, afirma que, em meio a um cenário de quebra na safra norte-americana e de dólar acima de R$ 5,50, o arroz brasileiro conseguirá entrar no México, país que importa até 1 milhão de toneladas por ano. “No primeiro semestre teremos uma boa oportunidade de voltar a exportar um volume considerável, de tirar o excedente do mercado interno e, consequentemente, de ter um preço de referência melhor para os produtores”, acredita.

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) projeta que 2022 será um ano bom para o arroz brasileiro no mercado externo, mesmo com tendência de dificuldade no frete marítimo no primeiro semestre. Segundo o diretor de Assuntos Internacionais da entidade, Gustavo Trevisan, haverá disponibilidade de matéria-prima e o câmbio deverá seguir favorável às exportações brasileiras. A expectativa da Abiarroz é de que o volume embarcado para o exterior feche em pelo menos 1,2 milhão de toneladas quando forem contabilizados os dados finais do ano.

Alternativas

Os problemas logísticos, com a falta de navios e contêineres, estiveram entre os maiores entraves ao fluxo de exportações do arroz em 2021. Em razão disso, outras alternativas estão sendo adotadas. “O Brasil construiu uma alternativa e talvez não seja mais tão dependente de contêineres quando a situação se normalizar. Somos pioneiros no uso de big bag a para exportação de arroz”, destaca o diretor-executivo do Sindicato da Indústria do Arroz do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS), Tiago Barata.


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