Exportações do agronegócio apresentam alta de preço e de volume nos primeiros meses do ano

Exportações do agronegócio apresentam alta de preço e de volume nos primeiros meses do ano

O faturamento do setor foi suficiente para cobrir o déficit comercial dos outras áreas da economia nacional.

Maria Amélia Vargas

Embrapa Soja/Divulgação

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No primeiro quadrimestre de 2022, a participação do agronegócio no saldo comercial do país representou quase 48% das exportações brasileiras totais. Com um faturamento de 48 bilhões de dólares (34% superior ao registrado entre janeiro e abril passado), devido a alta de 28% no câmbio, o volume de recursos foi suficiente para cobrir o déficit comercial dos outros setores da economia. Os dados divulgados nesta semana são da Pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, realizada com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Além disso, o levantamento mostra ainda que o volume de vendas do setor ao mercado internacional cresceu 5% frente ao mesmo período de 2021. E, entre os produtos mais vendidos para o exterior estão os do complexo da soja, seguidos pelas carnes bovina e de frango. Os principais destinos continuam sendo a China (que recebeu 35% de tudo que o setor brasileiro exportou no primeiro quadrimestre de 2022), a Europa (considerando-se 27 países) e os Estados Unidos.

Os preços globais em alta são consequência das situações adversas enfrentadas pelos agentes econômicos no mundo, como a guerra na Ucrânia e novos surtos de Covid-19 na China. Entretanto, a oferta nacional deve se manter em partamares baixos devido aos fatores climáticos que impactaram a produção brasileira neste início de ano. Os pesquisadores do Cepea prospectam que os preços dos produtos exportados pelo agronegócio nacional devem se manter em patamares elevados neste ano.


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