Fórum da Cadeia Produtiva de Carne Bovina busca integrar agentes do setor

Com o objetivo de integrar os agentes do setor, o I Fórum da Cadeia Produtiva de Carne Bovina ocorre nesta quinta-feira (7), a partir das 9h, e pode ser acompanhado ao vivo neste link. Um dos destaques do dia é a palestra do ex-ministro da Agricultura Francisco Turra, programada para as 11h15, como destaca o presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária (entidade organizadora do evento), Ivan Faria. Turra vai pontuar as especificidades da cadeia bovina, que, segundo Faria, é cara e demorada em comparação a outras cadeias da pecuária. A ideia dessa e de outras palestras iniciais é expor as possibilidades de integração da cadeia para que, num segundo momento, cada setor apresente suas dificuldades. 

“É um evento inédito. Não temos notícias de um evento parecido para ter essa conexão, resposta à sociedade e estudar as fragilidades de cada agente da cadeia”, comenta Faria. “As expectativas são as melhores possíveis”.

O evento conta com participação de representantes de entidades como a Farsul, o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), a Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), além do secretário da Agricultura do Estado, Domingos Antonio Velho, e administradores de supermercados, frigoríficos, pecuaristas e entidades reguladoras na plateia, como destaca Faria. Os debates vão ser voltados à situação atual da cadeia.

“O boi está barato para quem vende e a carne está cara para o consumidor. O consumo per capita está caindo. Estes fatores vão ser analisados e expostos”, explica Faria. Outra preocupação do evento é esclarecer pontos pelos quais o setor é alvo de críticas, relacionados à sustentabilidade e aquecimento global. “Essas questões têm muito espaço na mídia e nós não temos a mesma qualidade de resposta”, relata o presidente. Ele espera que o evento ajude a construir uma resposta à sociedade, baseada em estudos científicos que contrapõem a ideia de que o agronegócio apenas contribui para a degradação do meio ambiente.

Outro tema que vai ser debatido é a denominação de “carne” a produtos processados de origem vegetal. Para Faria, isso resulta numa concorrência desleal e não está correto, pois esses produtos não têm o mesmo valor nutricional e propriedades da carne. Ele cita a França como exemplo: o país deve banir essa nomenclatura para produtos de origem vegetal a partir de outubro. 

*Sob supervisão de Thaise Teixeira