Ferramenta virtual ajudará produtor contra a ferrugem

Ferramenta virtual ajudará produtor contra a ferrugem

Sistema desenvolvido pela Seapdr com outros 11 parceiros vai oferecer informações sobre ocorrências e prevenção da doença no Estado

Nereida Vergara

Presença do fungo está entre as principais preocupações dos produtores

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Em conjunto com a Emater/RS-Ascar e outros 11 parceiros, na maioria universidades, a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) pretende disponibilizar uma nova ferramenta para monitoramento das ocorrências de esporos de ferrugem asiática em lavouras de soja do Rio Grande do Sul em seu portal, a partir da semana que vem.

A informação é do chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV) da secretaria, Ricardo Felicetti, coordenador do Programa de Monitoramento da Ferrugem. Segundo Felicetti, a nova página trará resultados de estudos sobre o fungo phakopsora pachyrhizi, causador da doença, com datas e locais onde foi detectado, dados meteorológicos e de aplicação de fungicidas, entre outros. “Também vamos divulgar as ocorrências de ferrugem nesta safra, que têm sido pontuais”, adianta.

O chefe da DDSV explica que a vigilância aos esporos (propagados pelo vento) está sendo feita com o auxílio de 24 coletores instalados em lavouras de todo o Estado, georreferenciadas nos programas de Manejo Integrado de Pragas e Manejo Integrado de Doenças. “Estas informações que o site vai disponibilizar irão auxiliar o produtor na tomada de decisões e no uso racional de fungicidas”, pondera. Ricardo Felicetti lembra que a ferrugem já apresenta um grau preocupante de resistência ao tratamento com triazóis, estrobilurinas e carboxamidas, os princípios ativos disponíveis no mercado, aplicáveis em caso de confirmação da doença.

A secretaria e a Emater têm observado nesta safra um baixo nível de pragas e doenças nos plantios de soja monitorados em Palmares do Sul, Viamão, Glorinha, Camaquã e Gravataí. Nesses municípios, a observação de eventuais ocorrências de fungos, insetos e plantas daninhas ocorre há cinco anos, o que traz benefícios ao produtor e diminui danos econômicos quando detectadas precocemente. De acordo com o extensionista da Emater Guilherme Martins Costa, produtores atendidos pelo sistema têm conseguido redução na aplicação de defensivos, diminuição dos custos e mitigação dos impactos ambientais.


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