Governador deve responder a demandas de agricultores até sexta-feira

Governador deve responder a demandas de agricultores até sexta-feira

Fetag-RS solicitou medidas emergenciais e estruturais para o combate à estiagem

Camila Pessôa

Secretários devem estudar as pautas nos próximos dias

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O governador Eduardo Leite pediu à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) o prazo de até sexta-feira (17) para começar a responder às demandas de ações de combate aos efeitos da estiagem da entidade, como adianta o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva. Em reunião com o governador e secretários nesta segunda-feira (13), a federação pediu o atendimento às demandas emergenciais de levar água para consumo humano e dos animais às propriedades que não a têm; oferecer milho subsidiado para alimentação animal; e reabrir o programa Troca-Troca de Sementes para que os produtores possam replantar as pastagens que perderam.

Além dessas demandas emergenciais, a Fetag-RS pediu medidas secundárias de enfrentamento da estiagem, entre elas a anistia de dívidas dos produtores com o Troca-Troca de Sementes; financiamentos para os produtores se manterem na produção; e pagamento de auxílio emergencial. A federação também pediu ações estruturais, para lidar com o problema a longo prazo. “A gente disse ao governador que não podemos continuar com o mesmo sistema que ficou o Avançar no ano passado, que coloca recursos para açudes nas prefeituras”, diz Silva. Segundo ele, esse modelo não funciona de maneira adequada e não supre as necessidades do Estado. 

“Propomos um financiamento, um programa de armazenagem de água em que o governo dê um limite de financiamento, tem que ser um valor suficiente. E assim, o governo, em vez de dar 100% do açude, que ele dê 30%, 50% de subsídio, mas que aumente a quantidade de açudes para os produtores poderem investir”, sugere o Silva. De acordo com ele, Leite determinou que sua equipe de secretários se debruçasse sobre as pautas para trazer propostas de como atender essas demandas, considerando as dificuldades financeiras do Estado. “Ele pediu para nós até sexta-feira para começar a trazer uma coisa mais concreta a respeito de cada pauta e se colocou à disposição para nos ouvir para que possamos continuar opinando sobre o assunto”, relata Silva. Segundo ele, outras reuniões devem ser marcadas nos próximos dias.

Estiveram na reunião desta segunda-feira os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, Luciano Boeira, do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.


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