Governo prevê ajuda para dívida dos agricultores

Governo prevê ajuda para dívida dos agricultores

Informação foi divulgada nesta quarta-feira por parlamentares que participaram de reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na terça-feira à noite

Patrícia Feiten

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O governo deverá editar nos próximos dias uma medida provisória que permitirá a liberação de R$ 1,2 bilhão para rebate nas parcelas de dívidas de produtores rurais. 

O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite de terça-feira (8), em reunião com os senadores Lasier Martins (Podemos-RS) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS), além de parlamentares de outros estados do Centro-Sul. O objetivo é amenizar os prejuízos dos agricultores em razão da estiagem na região.

De acordo com os senadores, está prevista também a liberação de R$ 868 milhões para a reabertura das operações de financiamento com subsídio do Plano Safra 2021-2022. Esse adicional, porém, ainda depende da aprovação, pelo Parlamento, do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1/22, que trata de remanejamento de verbas do Orçamento, assim como um reforço de R$ 1,3 bilhão no orçamento do Proagro e R$ 510 milhões para o seguro agrícola.

As linhas de custeio e investimento subsidiadas do Plano Safra foram suspensas no último dia 7 de fevereiro devido à falta de recursos, no orçamento da União, para garantir a equalização de taxas de juros dessas operações. 

Repercussões 

No dia 22 de fevereiro, o governo já havia aberto um crédito suplementar de R$ 925 milhões para atender os produtores. Se confirmado o crédito suplementar de R$ 868 milhões, ainda faltaria remanejar R$ 1,1 bilhão do Orçamento para cobrir o rombo da equalização e concluir o Plano Safra atual, calcula o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti. “O que nos preocupa é essa demora; (esses recursos) foram prometidos em 16 de fevereiro”, diz.

Para o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz, as medidas prometidas aos parlamentares são um avanço importante no atendimento às reivindicações do setor, pois garantirão a retomada do Plano Safra. “Não resolve o problema do endividamento, mas sinaliza para uma solução mais completa”, avaliou Da Luz, lembrando que o setor também busca meios de garantir os financiamentos para a temporada 2022/23.


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