Gripe aviária em mamíferos marinhos mobiliza autoridades veterinárias e ambientais do RS

Gripe aviária em mamíferos marinhos mobiliza autoridades veterinárias e ambientais do RS

Secretarias da Agricultura e do Meio ambiente alinham procedimentos sanitários frente aos focos da doença no litoral gaúcho

Thaise Teixeira

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Uma reunião entre as secretarias da Agricultura (Seapi) e do Meio Ambiente (Sema), nesta segunda-feira, deve alinhar as operações que envolvem os serviços oficiais frente aos recentes casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) confirmados na fauna marinha do litoral Sul do Rio Grande do Sul. Um dos assuntos que deve integrar a pauta é a destinação das carcaças dos mamíferos marinhos suspeitos ou confirmados com gripe aviária.  “Não temos autonomia total e precisamos de apoio para realização das eutanásias e do enterro dos animais. É uma operação complexa que envolve pesquisadores, órgãos ambientais e secretarias municipais de obras. Cada prefeitura tem uma realidade de equipamento, de pessoas, de processos”, explica o diretor substituto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura (Seapi), Francisco Lopes. 

Até agora, o Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou três diagnósticos positivos para a doença no litoral gaúcho: dois na Praia do Hermenegildo (um leão-marinho da patagônia e um lobo-marinho sul-americano) e um na Praia do Cassino (leão-marinho da patagônia). Conforme Lopes, cerca de cem exemplares já foram encontrados mortos ou doentes no RS. “Mais de 90 deles estavam de Mostardas para baixo. Em Torres e nas proximidades, temos seis até agora”, detalha. 

Ainda não há esclarecimento sobre o processo de contágio da gripe aviária entre os mamíferos marinhos, o que eleva a necessidade de atenção quanto à transmissão da doença aos humanos. “Não sabemos se adoecem pelo próprio contato, por aves contaminadas ou pelo ambiente. A preocupação é a permanência da infecção viral no ambiente”, alerta Lopes.

Por isso, a recomendação é que as pessoas não se aproximem e não mexam nos mamíferos. “A influenza é uma doença viral altamente contagiosa, cujo contato com o animal sintomático pode trazer possibilidade de contágio humano”, ressalta a diretora do DDA, Rosane Collares. Suspeitas podem ser comunicadas pelo Whatsapp (51) 98445-2033.


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