ILC mantém trajetória de queda em abril

Divulgado pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), o Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) mostrou queda de 9,22% em abril, a maior deflação registrada neste ano. De acordo com a assessoria econômica da entidade, o resultado reflete um cenário de redução da maioria dos insumos agropecuários, com exceção da energia elétrica. Dos itens que compõem a cesta do indicador, fertilizantes e combustíveis foram os mais contribuíram para o recuo.

No acumulado do ano até abril, o ILC mostra deflação de 17,1%. Nos últimos 12 meses, a queda é de 23,2%, refletindo a queda das cotações das commodities agrícolas, segundo a Farsul. “O movimento de valorização do real em relação ao dólar que começou no mês de abril também contribuiu diretamente para o panorama de preços atual. A expectativa é que, com o início das pastagens de inverno, diminua a pressão nos custos de alimentação animal causados pelo efeito da estiagem”, avaliou a assessoria econômica, em nota.

A Farsul destaca que os preços de grãos como soja e milho estão em declínio desde dezembro de 2022. Com a proximidade da safrinha de milho no Centro-Oeste, há a necessidade de abrir espaço para armazenagem, o que acaba criando uma pressão vendedora para escoar os produtos. A entidade projeta que os valores das commodities continuem caindo até o final deste primeiro semestre. “O dólar e o barril de petróleo também estão em queda para maio, o que pode puxar as cotações de outros insumos dentro da cesta que, somados aos grãos, devem contribuir para um cenário de queda no ILC para o próximo mês”, observou a assessoria econômica.