Indústria do tabaco deve ampliar contratações a partir de março
Estiagem atrasou colheita, e entidades esperam crescimento de 8% nas vagas para safristas em comparação com ciclo 2021/2022
publicidade
As contratações de trabalhadores sazonais para o processamento do tabaco devem aumentar a partir de março, projetam a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (STIFA). De acordo com as entidades, o atraso na finalização da colheita desacelerou o ritmo de admissão de safreiros em janeiro e fevereiro, e a expectativa é de crescimento de 8% no saldo de novos contratos para a temporada na comparação com a safra 2021/2022.
O atraso é atribuído ao impacto da estiagem – especialmente no Rio Grande do Sul –, que dificultou o manuseio do tabaco no período da colheita, programada para o fim de 2022 e o início de 2023. O presidente da Fentifumo e do STIFA, Gualter Baptista Júnior, estima que, até o fim de março, 80% da mão-de-obra necessária para a produção esteja contratada. A safra atual é projetada em cerca de 605 mil toneladas de tabaco. “Todo esse produto precisa ser processado e destinado para a indústria de cigarros ou para exportação, e essa atividade passa pelas indústrias que contratam mão-de-obra sazonal nos três estados produtores”, destaca Baptista Júnior.
