Japão suspende importações de frango de SC
Decisão foi motivada por caso de gripe aviária, e governo brasileiro diz que negociará ajuste de exigências a normas da OMSA
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que o Japão suspendeu a importação de aves vivas e carne de aves de Santa Catarina, após a notificação de um foco de gripe aviária em uma propriedade de criação doméstica no município de Maracajá. Em nota divulgada no fim da noite de segunda-feira (17), a pasta esclareceu que o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) comunicou ao Brasil que a decisão valerá até que o governo brasileiro encaminhe informações detalhadas sobre o caso.
De acordo com o Mapa, os esclarecimentos solicitados pelo Japão foram enviados ainda na segunda. "O ministério segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros. O ministro Carlos Fávaro lidera uma delegação oficial que se reunirá com autoridades japonesas em Tóquio, na próxima semana, no intuito de que as autoridades do MAFF ajustem as exigências de importação de aves e seus produtos às diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", informou o Mapa, em referência ao fato de a determinação do Japão contrariar a recomendação da OMSA.
Pelo Código Sanitário de Animais Terrestres da OMSA, as notificações em aves silvestres e ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O Japão já havia embargado as importações de produtos avícolas do Espírito Santo por um caso semelhante.
Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne - SC) lamentaram a decisão das autoridades sanitárias do Japão. “Atualmente, os embarques mensais de carne de frango de plantas catarinenses para o Japão representam menos de 3% do total exportado pelo Brasil”, destaca o comunicado. As entidades esperam que parte do impacto da suspensão seja absorvida por outras unidades frigoríficas localizadas em outros estados e também habilitadas a exportar.
