Liminar impede demissão de 700 empregados da Marfrig, em Alegrete

Liminar impede demissão de 700 empregados da Marfrig, em Alegrete

Reunião de conciliação ocorre no Tribunal Regional do Trabalho está marcada para terça-feira

Correio do Povo

Liminar impede demissão de 700 empregados da Marfrig, em Alegrete

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Uruguaiana obteve nesta segunda-feira uma liminar contra o frigorífico Marfrig, de Alegrete, que impede a dispensa em massa anunciada pela empresa para 4 de fevereiro. Caso desrespeite a decisão judicial, a empresa fica sujeita ao pagamento de multa de R$ 100 milhões. O frigorífico deve retomar as atividades ou, caso decida encerrá-las, colocar os empregados em licença remunerada até que a situação seja encerrada mediante acordo coletivo entre a empresa e os trabalhadores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (STIA) de Alegrete. A legislação brasileira proíbe a decisão unilateral em caso de dispensa coletiva.

A medida decorre de ação civil pública (ACP) ajuizada pelo MPT, após tentativa de acordo em reunião com a procuradora responsável pelo caso, Fernanda Dutra Arruda, na quinta-feira passada. A Marfrig não mandou representante. Segunda maior empregadora do município, a empresa pretende manter fechada a planta industrial, pagando o aluguel de R$ 500 mil, sem a possibilidade de transferir a unidade a terceiros e manter os cerca de 700 empregos.

Além da negociação entre as partes, o MPT requer na ação civil pública a condenação da Marfrig ao pagamento de indenização, a título de danos morais coletivos, de R$ 16,4 milhões, valor calculado tendo em conta o valor dos salários que deixarão de circular no Município por um ano, mais a perda estimada da arrecadação com o fechamento da planta.

Na manhã desta terça, ocorre audiência de mediação na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT4) para resolver o impasse.


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