Maçã é pouco afetada por estiagem no Rio Grande do Sul

A estiagem este ano, ao contrário do ano passado, não afetou de forma significativa o cultivo de maçã no Estado, de acordo com a Emater/RS-Ascar. “No ano passado a queda de produção foi em razão da falta de chuvas, mas este ano foi tranquilo, na região produtora tem chovido regularmente”, relata o extensionista da entidade em São José dos Ausentes Tiago Figueredo. Nesta safra, o maior problema dos produtores foi o frio atípico na primavera e geadas tardias, que retardaram o desenvolvimento dos frutos, em especial da variedade gala, e atrasou a colheita, iniciada em 6 de fevereiro e com abertura oficial programada para 16 de março, em Vacaria. 

“Esse ano está bem complicado, porque em outros anos nesse período a safra da gala já tinha sido concluída, ou quase concluída, e por incrível que pareça, por causa das intempéries, do excesso de frio na primavera, nós estamos também com a colheita atrasada, então nos lugares mais quentes praticamente já foi encerrada a safra da gala, mas quanto mais pro lado mais frio do estado, que é a região produtora, o pessoal ainda está colhendo”, descreve Figueredo. A área plantada no Rio Grande do Sul é de 15,5 mil hectares.

Mesmo assim, Figueredo diz que a expectativa é de repetir o volume colhido no passado, com uma possível redução. O volume total colhido na safra 2021/2022 no Estado foi de 482 mil toneladas. “Mas como não terminamos de colher ainda, esses números não são muito aparentes”, pondera o extensionista.

Ao mesmo tempo, Figueredo afirma que os frutos estão com bom calibre e ótima cor. “O frio num primeiro momento acabou prejudicando a florada e, num segundo momento, por falta de calor, a fruta acaba diminuindo o metabolismo e ela demora um pouco mais para a maturação”, explica. De acordo com ele, para a gala a colheita deve ir até meados de março, mas para a fuji pode continuar ao longo do mês de abril.