Ministério da Agricultura confirma abertura do mercado chinês para produtos lácteos

Ministério da Agricultura confirma abertura do mercado chinês para produtos lácteos

RS conta com seis plantas que teriam condições de exportar para a China, segundo Sindilat

Danton Júnior

Produtos lácteos do Brasil poderão ser vendidos ao mercado chinês

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O Ministério da Agricultura confirmou nesta terça-feira a abertura do mercado chinês para produtos lácteos brasileiros, com a habilitação de 24 estabelecimentos para exportação de leite em pó, queijo e leite condensado, entre outros. Segundo o órgão, a certificação havia sido acordada em 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a atender aquele mercado. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que esteve na China em maio, destacou que a novidade chega num momento de queda no preço pago ao produtor de leite. 

Nesta terça-feira, o Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) projetou queda de 6,4% no preço de referência do leite para o mês de julho, que chegou a R$ 1,04 o litro. Nos últimos três meses, a queda foi de 11%.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Alexandre Guerra, afirma que o Estado conta com seis plantas com inspeção federal que teriam condições de exportar leite em pó para o mercado chinês. Porém a definição destas empresas irá depender de nova etapa de negociação, entre compradores e fornecedores. “O mercado chinês é estratégico para o país, até pelo número de consumidores”, observa. Em razão das próximas etapas de negociação, Guerra ainda não sabe informar quando se iniciam os embarques e qual deve ser o volume exportado.

A Viva Lácteos, entidade que representa a indústria brasileira do segmento, estima uma receita de US$ 4,5 milhões com a exportação de queijos para o gigante asiático. A importação chinesa do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos e alcançou 108 mil toneladas em 2018. As exportações brasileiras do derivado cresceram 65,2% nos últimos três anos. 


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