Ministério da Agricultura confirma quarto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul

Ministério da Agricultura confirma quarto foco de gripe aviária no Rio Grande do Sul

Doença foi detectada em uma ave da espécie trinta-réis-real, em São José do Norte, e está entre os 300 animais encontrados mortos ou doentes desde o final de setembro

Correio do Povo

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Um novo foco de gripe aviária em aves silvestres foi confirmado no Rio Grande do Sul. A doença foi confirmada nesta sexta-feira em um exemplar da espécie Trinta-réis-real, encontrado na praia do Mar Grosso, em São José do Norte. Esse é o quarto caso em aberto no Rio Grande do Sul, que já contabilizava três em mamíferos aquáticos (Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Torres). 

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa. Embora afete principalmente aves, pode infectar mamíferos, cães, gatos, outros animais e humanos. Por isso, todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em animais, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mai próxima ou do Whatsapp (51) 98445-2033.

Segundo a  Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a notificação não altera a condição sanitária do Estado e do país e não há risco para consumo de carnes e ovos. O Rio Grande do Sul registrou um foco de influenza aviária em aves silvestres também em maio, quando foi confirmada em um cisne-de-pescoço-preto na Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim). Porém, o mesmo foi encerrado, após evidências epidemiológicas e coletas negativas.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, informa que a confirmação do caso coloca as equipes da Seapi em vigilância ativa. O monitoramento ocorre em um raio de três quilômetros do foco, conforme recomenda os protocolos de segurança do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
"Nossas equipes estão engajadas para evitar a disseminação do vírus, principalmente para que não chegue às aves de subsistência e à avicultura comercial”, ressalta Rosane. Uma equipe de fiscais e técnicos estaduais agropecuários também farão visitas às propriedades rurais da região para sensibilizar e orientar a população da área quanto à notificação de suspeitas. 

Doença atinge mais de 300 animais no RS

Mais de 300 animais já foram encontrados doentes ou mortos no litoral gaúcho desde a primeira notificação de suspeita de gripe aviária em mamífero aquático às autoridades oficiais, em  30 de setembro. Segundo a Seapi, até esta sexta-feira, o número estava em  311 animais entre mamíferos aquáticos e aves silvestres, localizados nos municípios de Imbé, Mostardas, Palmares do Sul, Pelotas, Pinhal, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São José do Norte, Tavares e Torres. 

A partir de agora, conforme orientação do Mapa, não haverá mais coletas em leões-marinhos, lobos-marinhos e trinta-réis-real encontrados, apenas se uma nova espécie de animal apresentar sintomas de influenza. Mas as equipes do SVO-RS, do Centro de Estudos Costeiros Limnológicos e Marinhos (Ceclimar/UFRGS), do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram/Furg), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar, do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) e do Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha (Ecomega/Furg) trabalham de forma integrada no monitoramento de todo o litoral do Estado.


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