Ministério da Agricultura destina R$ 400 milhões para a comercialização de trigo

Ministério da Agricultura destina R$ 400 milhões para a comercialização de trigo

Medida atende pleito de cooperativas gaúchas e paranaenses, que buscam vender o grão pelo preço mínimo estabelecido pela Conab

Correio do Povo

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta quarta-feira, que destinará R$ 400 milhões para apoiar a comercialização de trigo no país. Os recursos serão repassados à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que deverá operacionalizar as ações que visam reequilibrar os preços do grão no mercado. 

O anúncio atende pedido formal e conjunto de socorro enviado pela FecoAgro/RS, pelo Sistema Ocergs/Sescoop RS, pelo Sistema Ocepar e pela Cooperativa Coamo à pasta da Agricultura na última semana. No documento, o grupo solicitou a adoção de instrumentos de política agrícola para garantir preços mínimos ao grão e escoamento à safra 2023, como o Preço Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e o Prêmio para Escoamento do Produto (Pep). "O preço médio recebido pelo produtor de trigo, de acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), é de R$ 52,52 a saca, enquanto o preço mínimo estabelecido pela Conab, para safra 2023 de trigo Tipo 1 é de R$ 87,77 a saca e do Tipo 2, R$ 75,19 a saca. Podemos perceber que o produtor está deixando de receber por saca de 60 quilos o valor de R$ 35,25 e R$ 22,67, respectivamente", destacaram as entidades no ofício.

A região Sul do Brasil responde por 87,25% da produção brasileira do cereal. Ao Rio Grande do Sul, cabe 45,76% da produção nacional, com 4,7 milhões de toneladas. "Isso consolida o estado gaúcho como o maior produtor do alimento no país", informa a Conab. Na sequência, está o Paraná, com 37,68% do trigo brasileiro ou 3,9 milhões de toneladas. O restante da produção se concentra nas regiões Sudeste (8,27%), Centro-Oeste (3,92%) e Nordeste (0,54%). 


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