Negociações da safra do tabaco serão retomadas em janeiro
Primeira rodada ocorreu na semana passada, por videoconferência, com oito empresas
publicidade
As entidades representativas dos produtores de tabaco e as lideranças das empresas fumageiras retomam as negociações para a definição do preço da safra 2020/2021 em janeiro. A primeira rodada ocorreu na semana passada, por videoconferência, com oito empresas: BAT Brasil (Souza Cruz), Philip Morris, JTI, Universal Leaf, Alliance One, China Brasil, CTA e UTC.
As reuniões, feitas pelo comissão de produtores com cada indústria trataram sobretudo do comparativo da variação do custo de produção apurado pelas empresas e pelos representantes dos produtores. “Não entramos na negociação do preço, propriamente, pois precisamos, primeiro, regular a variação do custo de produção”, revela o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner. Os produtores que já comercializam a colheita de tabaco receberão a diferença do valor assim que houver a fixação da tabela de preço de cada empresa integradora.
Na safra passada, as entidades representativas dos produtores de tabaco, formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, não chegaram a acordo para a definição da tabela de preços com nenhuma das empresas fumageiras.
A colheita da atual safra avança no Vale do Rio Pardo e o último levantamento apontou que 52% da produção de Santa Cruz do Sul foi retirada das lavouras. Em Venâncio Aires este índice atingiu 50% e em Candelária, 47%. A estimativa inicial da Afubra para a safra 2020/2021 é de produção de 606.952 toneladas nos três Estados do Sul do Brasil, o que significa uma redução de 4% em relação ao volume colhido no ciclo passado.