Nome de Paulo Teixeira para Ministério do Desenvolvimento Agrário frustra agricultores familiares
Entidades gaúchas apostavam na escolha do deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS)
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As principais entidades representativas da agricultura familiar gaúcha receberam o anúncio do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) como ministro do Desenvolvimento Agrário com frustração. Além de apostar todas as fichas na escolha do deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS) ou mesmo do ex-ministro Miguel Rossetto ao cargo, os representantes do setor esperavam ao menos, a confirmação de alguém com experiência junto ao segmento.
“Assim como o Ministério da Agricultura (Mapa) será comandado por um produtor rural e o Ministério dos Povos Originários, por um indigena, acreditávamos que o MDA deveria ser liderado por uma pessoa ligada à agricultura familiar”, lamentou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva. A decepção, entretanto, não significa que o dirigente não acredite no potencial de Teixeira em realizar um bom trabalho. “Ele vai ter que se cercar de pessoas que conhecem o setor e ouvir bastante as entidades”, analisa Silva.
O anúncio também surpreendeu o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), Douglas Cenci. “Havia especulações em torno de varios nomes, inclusive daqui do Estado mesmo, o que poderia nos favorecer”, comenta. A expectativa, ao menos, é que Teixeira “possa estabelecer um amplo processo de diálogo”, diz.