Novo diretor do Serviço Florestal Brasileiro quer “transformar floresta numa commodity”
Valdir Colatto assume o cargo efetivamente em 1º de fevereiro, quando se encerra seu mandato de deputado federal
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Quem possui vegetação excedente poderá emitir a CRA e vendê-la a quem tem deficit de Reserva Legal no mesmo bioma. “Vamos transformar a floresta numa commodity. Será um mercado muito rico, e o produtor que tem interesse em lucrar com isso, terá que cuidar deste ativo florestal”, afirmou, em entrevista ao Correio do Povo. Ele assume o cargo efetivamente em 1º de fevereiro, quando se encerra seu mandato como deputado.
Segundo Colatto, também será priorizado o acerto do passivo ambiental no país. O Cadastro Ambiental Rural (CAR) apontou que 24 milhões de hectares terão que ser recuperados. Diante disso, o novo diretor do SFB disse que um dos desafios é a carência de mudas nativas nos viveiros.
Outra preocupação são os trâmites para a regularização, que exige a assinatura de termos de compromisso. Para resolver o passivo ambiental de forma mais rápida, Colatto propõe que o Programa de Regularização Ambiental (PRA) torne-se declaratório.
“Imagina os Estados terem que fazer a verificação e aprovar milhares de projetos”, argumenta, ressaltando que órgãos ambientais devem se focar na fiscalização.
O Ministério da Agricultura, que incorporou o SFB, estuda mudanças na estrutura do órgão, hoje dirigido por um conselho diretor.