Pagamento de auxílio a afetados pela estiagem começa na quinta

Pagamento de auxílio a afetados pela estiagem começa na quinta

Primeira etapa inclui 12,9 mil famílias residentes em áreas rurais, e benefício poderá ser sacado em agências do Banrisul em 80 dias

Patrícia Feiten

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Começa nesta quinta-feira (13) o pagamento do auxílio aos produtores rurais gaúchos prejudicados pela estiagem no último verão, o chamado SOS Estiagem. Nesta primeira etapa, o benefício, no valor de R$ 1 mil, contempla 12.978 assentados da Reforma Agrária, ribeirinhos, quilombolas e indígenas residentes em áreas rurais, com inscrição ativa no Cadastro Único (CadÚnico). O valor estará disponível em parcela única e poderá ser sacado em todas as agências do Banrisul durante um prazo de 80 dias.

Os recursos serão pagos a apenas um indivíduo do mesmo núcleo familiar e devem ser destinados, preferencialmente, à compra de alimentos de primeira necessidade, insumos agrícolas e nutrição animal, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Para saber se está apto a receber o auxílio, o produtor deverá fazer a consulta no site www.sosestiagem.rs.gov.br com o número de CPF.

Promovido pelo governo do Estado, o programa SOS Estiagem é focado em famílias residentes em municípios que declararam situação de emergência ou de calamidade pública em razão da estiagem, entre dezembro de 2021 e 31 de março de 2022. Ainda sem data, a segunda etapa de pagamentos contemplará cerca de 67 mil agricultores familiares que tinham Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa em 1º de fevereiro de 2022 e renda bruta anual de até R$ 100 mil, devendo ocorrer até o final do ano. O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, diz esperar que o cronograma seja definido ainda neste mês. “Ninguém mais fala em estiagem, mas a renda dessas famílias, que são as mais vulneráveis, ainda está comprometida. Esse auxílio não vai resolver o problema, mas vai ajudar. Elas podem comprar o adubo (para o plantio da próxima safra) ou fazer o rancho”, destaca Zanetti. 


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