Paraná decreta emergência fitossanitária devido ao greening
Medida do governo paranaense visa agilizar e flexibilizar medidas de combate à doença, que ainda não chegou ao Rio Grande do Sul
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O Paraná decretou situação de emergência fitossanitária devido à incidência de greening, principal doença que afeta os citros no mundo. A medida, publicada pela Secretaria Estadual de Agricultura e do Abastecimento no decreto 4502, visa proporcionar rapidez e flexibilidade no controle da doença e do seu vetor transmissor, o psilídeo Diaphorina citri Kuwayama.
“O decreto de emergência fitossanitária é um instrumento drástico, mas nos dá possibilidade de tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado”, destacou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
O Rio Grande do Sul não registra oficialmente a presença da Candidatus Liberibacter, bactéria causadora do greening. Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDV/Seapi), Ricardo Felicetti, o monitoramento do inseto vetor, no Estado, é realizado em 198 diferentes pontos. “Também contamos com barreiras (de fiscalização) para evitar o ingresso de material vegetal com inconformidades que poderiam carregar a praga para o Estado e monitoramentos a campo para verificar a ocorrência de sintomas”, relata Felicetti.
Em dezembro, o Rio Grande do Sul teve três suspeitas da doença descartadas. “(As amostras) foram analisadas em laboratório e a ocorrência da bactéria foi descartada”, diz o diretor do DDV/Seapi. O Estado conta, ainda, com auxílio dos extensionistas da Emater/RS-Ascar na identificação de suspeitas e no repasse de informações a citricultores.