Perspectiva é de recordes para a proteína animal
Estimativas apontam para bons resultados
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Mesmo que o ano tenha sido marcado pela pressão do aumento de custos da produção de aves e suínos e pelo desarranjo logístico, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita que o setor terá recordes a comemorar quando fechar o balanço de 2021 e fez projeções otimistas para 2022, nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa on-line. As estimativas apontam para bons resultados tanto nas exportações quanto no mercado interno.
Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, alguns fatores sustentam o otimismo. Entre eles estão a retomada da economia pós-pandemia, o aumento do salário mínimo – para R$ 1.210,44 – e o Auxílio Brasil, que deve levar a um aumento dos gastos da população com alimentação.
No caso da carne de frango, tanto a produção quanto as exportações projetadas para 2021 e 2022 são recordes históricas. A produção deverá alcançar 14,350 milhões de toneladas em 2021, volume 3,5% superior ao do ano passado, e crescer mais 4% em 2022, totalizando 14,9 milhões de toneladas. As exportações vão fechar este ano em 4,580 milhões de toneladas, 8% a mais do que 2020, e poderão avançar mais 5%, para 4,750 milhões de toneladas, em 2022.
Suínos
Para a carne suína, as projeções indicam recordes não apenas na produção e na exportação, mas também no consumo per capita de 2021 e 2022. A produção tende a crescer 6% em 2021, para 4,7 milhões de toneladas, e mais 4% em 2022, para 4,850 milhões de toneladas. Os embarques para o exterior devem chegar a 1,13 milhão de toneladas em 2021 (avanço de 10,5% sobre 2020) e a 1,2 milhão de toneladas em 2022 (7,5% sobre 2021).
A estimativa da ABPA é de que as carnes suína e de frango fiquem mais caras em 2022, embora não haja uma previsão em percentual. “Eu diria que vai ser um aumento diluído ao longo do ano”, previu Santin.