Pesquisadores desenvolvem protetor solar com matéria-prima gaúcha
Faculdade de Farmácia da Ufrgs trabalha com óleo de arroz
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A pesquisadora da Ufrgs Sílvia Guterres explica que o óleo de arroz tem ação antioxidante, que reduz a velocidade de envelhecimento das células, e efeito emoliente. “É um componente a mais na proteção contra a radiação”. Segundo ela, o aditivo não é caro e não implicará maior custo. O fornecedor do ingrediente é uma empresa de matéria-prima cosmética. O trabalho vem sendo desenvolvido há quatro meses e deve se prolongar por mais um semestre.
A farmacêutica Juliana Lazzari Medeiros, mestranda da Ufrgs, acrescenta que o óleo de arroz pode ser benéfico em tratamentos para doenças de pele tais como dermatite atópica e psoríase, pois forma uma barreira e faz diminuir a perda de água. “É um produto com características sensoriais adequadas ao público, como o toque seco”, explica. Para a escolha dos materiais a serem utilizados na fórmula, três fatores foram levados em conta: tendências de mercado, ciência e custo. Contudo, ainda não foi definido o volume que será fabricado, pois é preciso registrar o produto na Anvisa, explica o diretor do Lafergs, Paulo Mayorga Borges. Segundo ele, a expectativa é de que o produto distribuido no campo seja substituído pelo de fabricação própria do Estado até o fim de 2015. O programa, em execução desde junho, tem como meta distribuir 300 mil unidades nos primeiros 12 meses.
Propriedades
Extraído do farelo de arroz, o óleo contêm altas concentrações de componentes ricos em antioxidantes, tais como vitamina E e gama-orizanol, o que pode ser útil para formulações tópicas com ação antienvelhecimento e hidratante.