Ponte interditada gera prejuízos para agropecuaristas de Cachoeira do Sul

Ponte interditada gera prejuízos para agropecuaristas de Cachoeira do Sul

Produtores rurais precisam usar rotas alternativas, mais longas, para ir à cidade fazer negócios ou acessar suas propriedades

Patrícia Feiten

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A interdição da ponte do Fandango, sobre o Rio Jacuí, na BR-153, vem causando transtornos e prejuízos para agricultores, empresas e profissionais do setor agropecuário em Cachoeira do Sul. Principal acesso à cidade a partir da BR-290, a estrutura está bloqueada para veículos pesados desde o dia 29 de outubro, após a constatação de rachaduras em uma viga de sustentação. A conclusão das obras de manutenção está prevista para 16 de dezembro, de acordo com a prefeitura. Para ônibus e caminhões, as alternativas à travessia da ponte são desvios por outras rotas, mais longas.

O agrônomo Jerson dos Santos lembra que nesta época do ano os produtores da região estão fazendo o plantio de arroz e soja. “Todo mundo passa pela ponte. Porque tem lavouras, negócios, está vendendo arroz ou soja, levando fertilizantes ou sementes”, diz.

Segundo o coordenador local do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Pedro Hamann, os produtores do município contabilizaram mais de R$ 300 mil em perdas até o dia 5. Apenas nesta sexta-feira foi liberada a passagem de veículos leves, para os quais a travessia era feita com uma balsa. Hamann diz que, enquanto o trânsito esteve totalmente bloqueado, o problema alterou a rotina dos agricultores. “Muitos vão todos os dias para a cidade. (Agora) acabam ficando todo o dia na propriedade ou tendo de fazer todo esse caminho (alternativo), o que aumenta o custo do deslocamento”, afirma.

Na filial da empresa Três Tentos, no Distrito de Cordilheira, a interdição da ponte afetou a entrega de insumos, a assistência técnica aos produtores, a manutenção de máquinas e o abastecimento de combustível. Outro dilema foi o deslocamento dos 38 funcionários, que dependiam de caronas para ir e voltar do trabalho, segundo o gerente da unidade, Jonas Belmiro. “Para me deslocar até a empresa, eu levava de 15 a 20 minutos. Hoje estou levando até duas horas e meia”, disse, na segunda-feira.


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